BE Bernardo Estillac 08/05/2024 08:20

A oposição ao governo obstruiu a votação de dois projetos do Executivo que propõem alterações nas alíquotas de contribuição para os institutos de previdência dos servidores do Estado (Ipsemg) e dos servidores militares (IPSM). A iniciativa ocorreu nessa quarta-feira (07/5), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (ALMG). Nessa empreitada, os parlamentares contrários a Zema ganharam, mais uma vez, o apoio de nomes que representam as forças de segurança.

Os seis anos de Romeu Zema (Novo) à frente de Minas Gerais são marcados por uma relação conflituosa com o funcionalismo público. Ante uma política econômica calcada na responsabilidade fiscal e um discurso reiterado de gerir um estado encalacrado por dívidas de gestões anteriores, servidores, de uma forma geral, cobram por reajustes que cubram as perdas inflacionárias. Neste contexto, agentes da segurança pública estão entre as categorias que mais antagonizam com o Executivo. O Estado de Minas recorda as raízes da rusga que motiva protestos há, ao menos, dois anos na capital mineira.

As negociações com servidores da segurança pública começaram logo no primeiro ano de governo, em 2019. À época iniciando seu sexto mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Sargento Rodrigues (PL) conduziu as reuniões pela recomposição salarial dos agentes, que reclamam um descompasso com a inflação desde 2015. Segundo o parlamentar, os encontros entre sindicatos da categoria, parlamentares, comandantes das forças e membros do Executivo se sucederam entre fevereiro e novembro daquele ano até que os valores fossem acertados.

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